Nossos dias O Mundo anda mesmo... GILSON ALVES
Nossos dias
O Mundo anda mesmo diferente. Houve um tempo que os jovens não falavam sobre determinados assuntos na frente dos pais ou dos mais velhos... Agora o que se ver mesmo, é a grande falta de respeito de um para com o outro, achincalhamentos, brigas e escândalos envolvendo pessoas da mesma família. Se a família é verdadeiramente a célula mater da sociedade, onde estão o respeito, o valor e o amor que são princípios básicos da família? Ah! Isso parece ter ficado num passado bem distante, pois o que vemos na verdade, é o ódio, o rancor e a transgressão contra seu próprio irmão. Antigamente a família se sentava ao redor da mesa para fazer suas refeições, agora em frente da tv assistindo vários programas de reality show, que ajudam a inflamar ainda mais o clima de discórdia dentro do grupo familiar.
As tendências da juventude mudaram como também mudaram os sentimentos de afago e caricias... Parece mesmo, que nos jovens de hoje em dia, foram implantados chips em lugar de coração, que aceitam tudo da tecnologia e desperdiçam as coisas boas passadas pelos nossos pais, por achar que a forma empírica e conhecimento de uma vida, de uma vez só, deram lugar aos conhecimentos teóricos do futuro.
Ao passo que caminha a humanidade, logo, logo chegaremos a encontrar vida em outros planetas, porém, para se obter essa conquista, nos perderemos como seres vivos e passaremos a viver como robôs, não nos importando com a compreensão e sim, com a produção exacerbada dessa sociedade capitalista. Daqui a pouco, quem não se adequar ao sistema, vai ser deletado pelo “Exterminador do Futuro”, que na verdade extermina milhares de pessoas do mercado a cada ano.
Cada vez fica mais raro lembrar dos momentos bons do passado, pois o tempo que você vai levar para fazer esse flash back, pode lhe atrapalhar em algum projeto supersônico como é a vida nos dias atuais. E dessa forma, trocar a essência do prazer pela a essência do ter e do poder.
Se pensarmos bem, saberemos que o futuro depende muito de velhos conceitos, pois se acreditarmos que as novas gerações (crianças) de hoje serão a esperança do amanhã, veremos claramente que a idéia parte dos antigos ensinamentos, pois o futuro se enquadra no passado. Por outro lado, o que parece mesmo é que a culpa não sai da juventude e sim dos pais, que pelo pensamento de mundo novo não querem ser “caretas” diante das primazias que permeiam a sociedade.
Não estou aqui falando que o crescimento futurístico é de todo ruim, só estou citando alguns pontos negativos que contribuem para o aumento da violência e a perda de identidade humanitária. Hoje não é como antes! Quem tem não divide, e quer sempre mais... Quem não tem, não recorre a ninguém, pois o altruísmo já não existe mais. Como nosso país saíra do terceiro mundo? Se bem, que o Brasil já saiu há muito tempo, para uma pequena gama que corrói os miseráveis da “Nação Zumbi”, e se deleitam em mansões luxuosas se empanturrando ao bel prazer, com sorrisos intocáveis a espera das altas cotações do dólar e do euro, para sua satisfação não ter fim.
Para os privilegiados, lançam os programas de engenharia através de software para mundos virtuais, se integrando a uma entidade abstrata... Para o proletariado, lançam programas de alimentação, para os carentes viverem num eterno zero a zero contra a fome.
Que mundo é esse?