Carta aberta aos intensos Eu sou... Ana Carla Anacleto
Carta aberta aos intensos
Eu sou intensa demais, sinto demais, amo demais!
Ouço com frequência que, preciso parar de sentir, mas não sei ser de outro jeito senão, intensa demais.
As vezes, me diziam que eu precisava parar de sentir e, por um bom tempo eu acreditei que não devesse mesmo, que deveria me fechar e não sentir mais nada.
Aos poucos fui entendendo que, o ponto não era eu sentir demais, mas sim, onde eu estava depositando meus sentimentos, se eu sentia demais era porque os outros não me davam o suficiente, entendi também, que estava tão acostumada a mendigar afeto que minha intensidade transbordava, transcendia e queimava quem estivesse ao redor.
E depois fui aprendendo que, minhas expectativas sobre o outro eram minhas e eu precisava aprender a lidar com isso, aprendi que, a minha intensidade está muito mais vinculada a minha falta de autoestima, autoconhecimento e feridas do passado do que com qualquer outra coisa, aprendi ainda que os outros dão somente o que podem dar e cabe a mim aceitar ou não. Aceitar algumas coisas podem me custar caro, podem custar inclusive tudo que demorei tanto tempo pra aprender.