O socialmente perigosíssimo... Armeniz Müller.
O socialmente perigosíssimo fracionamento de produtos!...
Tomara isso, o crescente fracionamento de produtos nas prateleiras dos supermercados, não venha a caracterizar a chegada de possivelmente galopante miséria social brasileira, feito o que já ocorre nesses países cujas populações sofrem miseravelmente sob regimes de governo ditatoriais, esses mesmos pulhas que já no início do governo Lula começaram a posar de nossos “irmãos” ideológicos... Era só o que nos faltaria acontecer!
O triste fato é que ainda há pouco no mercado, e qual não foi minha mais recente surpresa, senão realmente deparar-me com o economicamente temido fracionamento de produtos ali ofertados, como caixas de ovos com dez e até seis unidades, penquinhas de bananas com meia-dúzia dessa nutritiva fruta, e até mesmo desmilinguidas embalagens de rolos de papel higiênico Jujubinha folha simples, com apenas vinte metros, vejam só isso! Para quem até dias desses comprava rolos e rolos de Neve 50 metros...
Agora só está faltando embalarem em saquinhos de 250 gramas os ossinhos suínos raspados até quase o cerne, assim como os pezinhos, sambiquiras, pele e carcacinhas das pobres galinhas em final de missão poedeira. Então, assim como aqueles coitadinhos referidos no início deste texto, estaremos mergulhados na mais absoluta miséria social, mesmo tendo ainda alguns níqueis na guaiaca.
Entretanto, buscando amenizar um naquinho o possível pessimismo contextual deste meu presente palavreado, alegro-me ao recordar meus saudosos tempos de criança e de adolescente ali na Lapa, meu amado e jamais esquecido torrãozinho-natal, onde minha santa e heroína mãe Chica, baldinho nas mãos, e bem cedinho lá estava na portaria do matadouro local, onde semanalmente ganha o nosso abençoado sangue de boi, isso que logo em seguida recebia o seu tempero dos céus e ajudava a matar nossa fome, enquanto assim nutria nossos corpinhos esbeltos de doer... E não é que até os dias de hoje eu e meu irmãozinho Carlinhos, ainda sentimos a “fortidão” daquele alimento, bem como os seus benéficos resultados em nosso daquela forma nutrido organismo. Sem esquecer alguns bons restos de comida daquela bendita churrascaria local, sofrido lugar de trabalho onde a sacrificada mãe e fervorosa filha de Deus ali deixava quase todas as suas poucas energias, destrinchando frangos e mais frangos desde as frias manhãs até altas horas da noite, enquanto nós ficávamos feito dóceis prisioneirinhos numa bendita meia-água de chão batido, naquela nossa amada favelinha campestre, onde ali havia bem mais frestas que tábuas, nas suas enfumaçadas paredes das duas pecinhas... Abençoada mãezinha Chica! e bendito sangue de boi e demais restos de mesa de churrascaria, aquilo que tanto contribuíram para nos trazer até nossa idade atual, praticamente sem necessidade de atendimento médico. Isso, a possibilidade de adquirir sangue de boi nas portarias dos grandes frigoríficos atuais para enriquecer as prementes necessidades nutritivo dos mais carentes, eu aprovaria sem medo algum de errar... Pois não sou então, um dos seus abençoados beneficiários?
Quanto aos humana, cívica e fiscal praticamente incontroláveis e “infiscalizáveis” programas sociais atuais, isso que deveria provocar suspeitas até mesmo nos folgados “bichos-preguiça” dos tristemente tradicionais currais eleitorais nos três níveis de governantes e legisladores, mormente o Programa Bolsa Família - onde o “bondoso” governo atual chega a pagar mais de meio salário mínimo para os não-simpatizantes do trabalho e do esforço e sacrifício pessoal pela própria sobrevivência -, mais um bom acréscimo financeiro às mamãezinhas (e papaizinhos...) por cada um dos seus novos bacorinhos, tadinhos dos inocentes, gerados nas alegres festanças libidinosas das classes beirantes das imaginadas desalentadoras linhas de miséria social brasileira, nisso tudo eu jamais colocaria minha aprovação, pois ainda prefiro cada centavo do dinheiro quase oficialmente “extorquido” dos contribuintes, eficaz e moralmente aplicados nos compromissos sociais permanentes de Estado, na Saúde, na Segurança, na Educação, na infraestrutura e conservação viária, e principalmente na geração continuada de empregos formais em todas as camadas da pirâmide social.
Será que devo continuar a escrever sobre este meu nadicadenada popular assunto arrazoador, ou seria melhor eu também aceitar tudo como está, absolutamente, e me espreguiçar preguiçosamente (?) enquanto os trens, jatinhos da FAB e jatões (entre eles o reluzente Aero Lula...) da alegria passam superhipermegalotados no horizonte distante da população “comum”, espalhando sei lá donde a alegada pouca grana oficial disponível?!...
Sinto muito.
Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.