⁠continuação... de 2¾!De Abril. p/1... Eragon17

⁠continuação... de 2¾!De Abril. p/1
Meu coração apertado enquanto lavava as louças e ouvia a música tocar, pensamentos invadiram novamente minha cabeça, não me permitindo parar.
Até que ele desceu, me disse algo sobre o seu pai ter ligado, perguntei se havia retornado a ligação, e me afirmou que sim.
Me abraçou por trás enquanto eu limpava a bancada, me pressionou nela me posicionou de frente a ele, e com a testa encostada no meu rosto, me deu beijinhos e disse:

-Quando vou poder te colocar aqui em cima?
Eu comecei a rir, e respondi:
-Não vai
Se distanciou um pouco...
-Ah pensei que fossemos fazer um 50 tons de cinza.

Ainda sorrindo eu disse:
-Só se for com sadomasoquismo.
-Opa só se for agora, quando começamos?

O olhei, com um tom ousado e com um pouco de deboche, eu disse:
-Deixa de ser atoa, mas depois eu te mostro o que é 50 tons de cinza!

Rimos juntos, ele deu mais uma olhada em volta, veio até mim e usou a parede de apoio dessa vez!

-Vamos subir, ficar um pouco deitados e abraçados quietinhos;
-Sim, vou só acabar aqui e subo.

Me deu um beijo leve, trancou a porta, pegou a pequena bolinha de música e subiu.

Alguns minutos passados, fui me deitar também, e perguntei:

-Gosta de Victor e Léo?
-Pode colocar.

Troquei a música, coloquei no chão o celular e me aconcheguei em seu abraço!
Ali ficamos trocando carícias, ele me olhava e eu viajava por seu rosto com as pontas dos dedos, até que a música para de tocar e ambos pegamos no sono.

Logo me despertei!
Ao me levantar, ele com uma voz gentil pergunta:
-O que foi neném?
-Vou colocar o celular para carregar e uma idazinha banheiro.
-Você trouxe o seu, se não o meu está logo ali na bolsa.
-Não, tudo bem o meu está aqui, obrigada!
Desci para ir ao banheiro, tomei uma água, e lá fiquei por um instante pensando em tudo aquilo.
Ao retornar o consciente, eu fui para o quarto te olhei em segundos… e pensei: (Como eu o queria).

Me deito novamente, e ele me pede para trocar o sentido da cama por causa do seu lado dominante.
-Meu bem vamos trocar de lado? Por causa do braço.
-Tudo bem!
Ali ficou me acariciando, meus sentidos foram se perdendo de acordo com o que o sono chegava, até que me falou algo…

-Meu amor se importa de dormir sem calcinha?

Meu corpo inteiro se acendeu com o disparo que deu meu coração, na minha cabeça só conseguia te imaginar em mim, meu corpo veio a sensação do seu toque, da sua ânsia, da sua ereção.

Não demorou muito para que eu pudesse vivenciar de novo seu desejo pulsando dentro de mim, as suas mãos passearam sobre meu corpo e em questão de minutos, ele estava entre minhas pernas, e cada movimento eu queria mais e mais, sentindo ele estremecer ao me penetrar com força, a expressão no seu rosto de que estava gostoso!

Ousei dizer que tinha lhe trazido algo…

-O que você tem para mim?
Me perguntou com a voz carregada de excitação.

-Eu vou te mostrar

-Deixa eu ver!

Ao sair de cima de mim, fiz um leve som de decepção com o ar, por eu não querer parar nem que por uns minutos.

Me levantei da cama e disse:

-Vou ao banheiro e já subo!
Peguei algo na bolsa e desci.

Ali eu me vesti de acordo com uma conversa um pouco distante que tivemos. Uma fantasia onde me via vestida com uma meia ⅞ uma peça de roupa ousada seguida de uma máscara.

Subi novamente para o quarto, um pouco envergonhada por não ter costume de usar esse tipo de roupa e com uma algema de brinquedo rodando no dedo indicador, soltei uma frase.

Algo do tipo: -Você não gosta de brincadeiras?

Ao me olhar você sorriu…
-Ahh brincadeira! Vem.
-(Risos)

Me chama para mais perto, e continuamos o que tínhamos começado. Não fez muita diferença a fantasia, “não brincamos de 50 tons de cinza”, pois já estávamos em um ápice onde não fazia sentido mesmo aquilo.
Mas tudo bem!
Enquanto fazíamos amor meus pensamentos viajaram, me fazendo ver como é bom saber que ele estava ali comigo, que eu o estava sentindo! O seu tocar, a cada carinho vindo de suas mãos de sua boca, a sua respiração me agitava cada vez mais, até que explodi de tesão e volúpia, não demorou muito ele também entrou em combustão, e os dois se deram por satisfeito por hora.

-Você é difícil em!
Indaguei: - Eu sou?

Fui tomar banho, e ele desceu para tomar água, dizendo em seguida para fechar a porta do banheiro por estar frio.
Em nenhum momento tirou os olhos de mim, me ofereceu um copo de água, eu aceitei.
Então subimos e fomos dormir.
Abraçados na cama depois de um tempo, me deu um leve aperto, e eu ouvi a frase que mais me desnorteia quando vinda de você...
- Eu te amo.
-Te amo!
(Silêncio)

Tive um sono agitado durante a noite, dormi muito pouco, talvez pelo costume normalmente de acordar muito cedo em dias de semana!
Me levantei por volta das 04:00h da manhã, pedi para que tirasse meu celular do carregador, fui ao banheiro, me deitei novamente, te olhei por instantes, cochilei por minutos, abri os olhos e desisti de continuar ali.
Me levantei novamente...

- O que foi meu bem? (Ele me perguntou.)
- Vou fazer alguma coisa para tomar café!
- Já me levanto também!
- Sim.

Então desci, escovei os dentes, organizei a cabana e fui para fora!
Lá estava um dia tão bonito, onde o artista pinta uma tela com morros, uma sintonia de múltiplos verdes no horizonte, e com um dourado esplendor do nascer do sol.
Acordar e me deparar com essa imagem, transformou meu dia inteiro, o deixou ainda mais agradável!

Fiquei um pequeno tempo ali olhando, fazia um vento gostoso, porém gelado! Então me virei para entrar, com isso ao olhar para cima pude ver ele deitado através do vidro da grande janela que tinha o quarto. Deixei de me importar com o tempo frio, e fiquei ali o assistindo de longe, tentando aceitar que aquela era a minha realidade, tê-lo longe, por mais que eu ame vê-lo despertar.
...
Retornando ao presente, deixei meus pensamentos e voltei para dentro!
Fiz algo rápido para tomar café, uma massa rap com ovos mexidos, uvas, biscoitos amanteigados, torradas e um suco de laranja (que por sinal, estava horrível, as laranjas não tinham caldo, deveria ter feito uma vitamina (Risadas) e lembrei! Já não bastava o vinho ruim?) .

Mas enfim!
Ele desceu, e ao se deparar com as coisas arrumadas, logo ressaltou algo sobre minha organização.

-Você não estava brincando quando disse que tinha mania de organização.
- (Risadas) não mesmo.

Entrou no banho, e eu finalizei os ovos.
Ao sair, soltou uma piada...

- Quem foi a tiazinha que limpou aqui?
- haha eu fui a tiazinha!
- Porque não me esperou, eu podia ter ajudado você.
- Não era necessário, estava fácil e foi coisa rápida.
- Ainda assim.
Olhou para si mesmo, ele vestia uma camisa de manga azul bic, com gola, dois botões fechando a região do peito, com o slogan da construtora na lateral esquerda, um jeans azul surrado quase claro, e disse:

- É, esse sou eu! Voltemos à rotina.

Olhei para ele dei uma risadinha, e finalizou...

-Só falta colocar a bota.
Eu queria ter o abraçado naquela hora e ficado ali por uns instantes, perguntado o porquê não ficamos aqui.
Mas…

Nos sentamos e eu avisei sobre o suco, entre conversas e silêncios, me disse que tinha que estar em seu trabalho até às 10:40.
Concordei, disse que só ia terminar, e que já me arrumava.

Para adiantar, te deixei acabar de comer, lavei algumas peças de louças e fui tomar um banho rápido.
Ao sair, subi para me vestir, ele me acompanhou e com sua ajuda acabamos de arrumar o quarto.
...
Ao fim de tudo, que provavelmente vocês tem em mente para não prolongar tanto, juntamos as coisas e saímos!
Claro, fiquei por último. Tranquei a porta, mas com a sensação de estar esquecendo alguma coisa, logo me veio a lembrança de você riscando o bloco de lembretes. Então voltei e tirei do bloquinho os dois canhotinhos riscados, me deparei com algo que me esquentou o coração, coloquei na bolsa e saí novamente.

Todo o percurso feito de volta ao nosso mundo real, foi muito frio. Não tínhamos muito o que dizer, e ele começou a receber algumas ligações, onde a melhor delas foi a que usou a justificativa de uma audiência. Sorri intimamente, mas de maneira rápida minha feição retornou à rigidez da seriedade e pensamentos.
Pegou a minha mão depois de um tempo e comentou:

- Vou fazer uma promessa dos 40 dias!
Eu olhei para ele e sorri, como quem dizia (você?)
-É sério, vou fazer uma promessa para Deus, de 40 dias.
-Em relação a que seria essa promessa?
Olhando para mim sorriu, e disse: -Muitas coisas.

Não levei muito a sério, na verdade eu tenho uma pequena dificuldade em leva-lo a sério, por mais que eu tente muito.
O fato de que eu sei que ele pode sumir a qualquer momento, ou que está apenas me dando ilusões como início, não me deixa aceitar que talvez o que ele diga seja verdade.

Continuei...
-Agora eu posso voltar aos meus 40 dias, e ainda tenho uma novena por ter quebrado a quaresma!
Ele sorriu..
-Novena?
-Sim.

Uma quietude se sobrepôs em nós, e eu fiquei imaginando o que será que ele pensa, seria tão mais fácil se fosse um pouco mais transparente, talvez estaríamos literalmente juntos agora, sem culpa ou receio.
Passamos pela via debaixo do escritório, onde está localizada a obra que trabalha atualmente e então ele comentou:

-Aqui é o escritório da obra!
Logo a frente eu disse...
-Aqui é a academia de taekwondo.
-Você treina aqui?
-Às vezes, quando o professor reúne as duas turmas!

Chegando no Edifício residencial da minha irmã, desci com minhas coisas ele perguntou:

-Quer que eu te deixe em casa mais tarde?
-Sim, ou talvez, não sei (risos).
-Você vai sair que horas?
-Às 19:00h provavelmente!
- A tudo bem, você me liga.
-Sim.

A vontade que fiquei de abrir a porta do carro, olhar para você, te pedir seu lindo sorriso e dizer eu te amo, quase saltou do meu coração! Mas não deu tempo e logo você virou a esquina.
(Desculpas para justificar minha covardia).

Desde então tenho você na mente. Não sei se está certo ou errado, se devo ou não.
Sei que está cada vez mais difícil continuar com esse sentimento angustiante, onde não sei como vai acabar, se vai acabar ou pior…

Vi minha vida diante dos olhos, baseada em um dia inteiro de domingo, como se fosse um filme, e isso me deixou chocada!

Como é possível no presente vivenciar um futuro? Como eu poderia ter tantas coisas assim em uma vida, que eu poderia reviver esse domingo todos os dias, mesmo que não sejam repetidos, e que tenhamos desavenças, mas nós estaríamos sempre juntos.

E que importante era repetir o domingo, todos os dias!