☆ ALÉM DA ANSIEDADE... (2)... J. Boava Jr.
☆ ALÉM DA ANSIEDADE . . . (2)
Iniciei no primeiro texto uma reflexão ampla acerca do quanto á ansiedade pode nos afetar, e, alterar de forma contundente nossa visão de vida, e, gerar uma vigilância anormal acerca de tudo ou todos que nos cercam. Constatamos como esse sentimento caminha muitas vezes á uma experiência paranóica, delirante, estressante ou depressiva, dentre outras.
O que penso determina o que sinto, e, como me comporto.
Quem é ansioso cria seus pensamentos baseados nesse sentimento alterado, portanto, fará avaliações quase sempre equivocadas, levando á comportamentos incoerentes, desproporcionais, geralmente associados á possiveis resultados negativos.
É necessário uma vigilância muito atenta ao que nos surge á mente, cuidar de nossos pensamentos. No quadro ansioso, vivemos uma hiperexitação, um alerta desproporcional em relação á tudo e todos em nossa volta. Pode sempre haver um perigo oculto. Assim são processadas ás informações.
O pensamento é uma das principais formas da ansiedade se manifestar, portanto, deve torna-se alvo de muita observação de nossa parte.
Para muitos, é comum pensar de certa forma, não notando á ansiedade atuar nessas divagações.
Numa ansiedade natural, um compromisso importante, uma entrevista, uma apresentação em publico, ou, situações equivalentes, irão gerar certa expectativa, e, ansiedade, que serão administradas de forma á não interferir na qualidade do desempenho, durante á execução do evento. Num quadro ancioso, á possibilidade de não ser capaz, fracassar, achar que os outros não estarão satisfeitos, sua roupa está inadequada, sentir-se embaraçado(a) é muito comum. Se alguém de nosso convívio nos cumprimentar de forma diferente, já é suficiente para especulações negativas.
Medo de errar, descontrole, crer que o está pensando, é de fato o pensamento de todos, medo de ser julgado(a), culpa. Á ansiedade gera muito desconforto, autocrítica rigorosa, medos ilógicos, pensamentos intrusivos, inquietação e insônia.
Pode ainda levar ao pânico, o TOC, e, diversas fobias.
Como fiz referência no primeiro artigo, trago comigo, e, por isso também o interesse, o que pode desencadear um processo de tal grandeza, ao ponto de alterar de forma tão profunda nossa visão das relações, com pessoas, e, em relação á vida como um todo. Há, além dos sintomas psíquicos, também os físicos, como taquicardia, sudorese, tremores e outros.
Necessário se faz uma autoavaliação, pois, á qualidade de vida é afetada severamente, além, do sofrimento intenso. Para o ansioso, há o risco da catástrofe á todo instante, aliado á insegurança, nervosismo e dificuldades em lidar com incertezas.
Como primeira sugestão, avalie como você se sente, seus pensamentos. Nestes dois textos procurei expor das mais variadas formas como á ansiedade pode se fazer presente e afetar intensamente á nossa vida. Sem nenhuma ameaça real, mobilizamos uma energia enorme para algo que não oferece risco algum.
Num próximo texto, quero trazer os avanços que áreas que pesquisam incessantemente o tema, tem obtido de resultados, além, de possiveis fatores que podem alterar á intensidade da ansiedade.Tudo de bom para todos!