A uma alma (des) conhecida... Zeca Castro
A uma alma (des) conhecida
"Porque ainda te procuro, espírito que não conheço,
mas que sinto por perto?
Há tanta coisa que conheço
E não sinto por perto,
Porque não hei-de querer conhecer-te a ti,
que nunca desististe de mim?
És o mestre que me ensina sem palavras
E sem exemplo a seguir.
És as ondas do mar ao longe,
quando fito o horizonte sem fim
E a terra se mistura com o céu.
És tu toda a energia,
Todos os deuses no Olimpo,
O Alfa e o Ómega, o princípio e o fim.
És o mistério de tudo,
que não consigo conceber,
o nada gerar tudo e o nada não nascer.
Minha mente finita nunca poderá compreender.
Tenho esperança que em alma
me ensines a ver.
E na tua energia possa, finalmente,
para sempre, me perder!"