DO NADA CHEGOU Do nada chegou,... Elcio Jose Martins
DO NADA CHEGOU
Do nada chegou, adentrou e ficou,
Sem dizer nada, apenas com um sorriso, me encantou!
Bem rápido, o meu coração roubou,
Este coitado, de cara, se apaixonou...
Abraçou-me, apertando em ritmos ritmados,
Gotejou-me de sua boca, o presente e o passado.
Matou-me de desejo, encheu-me de paixão,
Fisgou firme, flechou certeiro, fuzilou meu coração...
Embriaguei-me, tontinho, do seu amor,
Roubou-me, de mansinho, de alma e corpo inteiro,
Fez-me Beber e exagerar-me de sua bebida,
Entrou de sola, quase pênalti! Equilibrei-me na partida...
Era o seu propósito, embebedar-me,
De amor, carícias e aromas, sem disfarce e sem alarme.
Pernas, braços e sussurros brandos entrelaçados,
Encheu-me de meu ego, ganhei o prêmio premiado...
Voei alto, naufraguei, vi o mundo girar,
Meio tonto, deixei-me cambalear,
Suei frio, morno, quente, o sangue ferveu!
Até hoje ainda não sei, como isto aconteceu!...
Mas, como do nada chegou,
Fez-me feliz, contracenou, atuou, abusou!
Saiu de mansinho, sorridente e sem dizer nada,
Deixou-me de quatro, seguindo uma nova estrada...
Este pobre e sofrido coração, ainda a espera,
No inverno, outono ou no porvir da primavera,
Ou, quem sabe no fervor do calor de verão,
Recebe-la, de braços abertos, seu sorriso que se fez canção...
Deixastes-me, tu, agora, talvez para sempre,
A saudade, a lembrança, seu valor e a sua importância,
Exibindo ou não, sua simpatia e elegância,
Que, sozinha, distante ou acompanhada,
Serás, sempre e sempre, querida e amada!...
ÉLCIO JOSÉ MARTINS