PERNAS Era nas tuas pernas Macias... Carlos de Castro
PERNAS
Era nas tuas pernas
Macias
Morenas
Espelhando desejos
Que eu encostava a cabeça minha
Quando não tinha
Aconchego nem beijos.
Pernas não são eternas
Fraquejam
Perdem brilho
E cor.
Depois resta a saudade
De um tempo de ardor
Que alimentava o amor
Nas tuas pernas
Fraternas
Quentes
Que guardavam cavernas
Ferventes
Ardentes
No tição
Da paixão.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 15-04-2023)