Vascaíno com amor. Eu teria muitas... Ricardo Baeta.
Vascaíno com amor.
Eu teria muitas razões, argumentos para falar o que é ser vascaíno de coração. Sim, não sinto vergonha de ter visto meu time rebaixado várias vezes, ter sido vice campeão muitas vezes. Ter sofrido com tudo o que ele vivenciou ou ainda possa vivenciar. Vasco não foi uma escolha imposta por familiares ou parentes, mas uma opção minha aos 10anos de idade. Foi assistindo a uma partida com a minha família naquela sala onde todos eram flamenguista e tentavam ali que eu também fosse. Mas ao ver aqueles jogadores cansados por lutarem até o último em busca de conseguir vencer mesmo em desvantagem, àquilo mudou algo dentro de mim, fazendo com que um amor espontâneo e natural fosse gerado na mesma hora. Desapontei muitas pessoas por minha decisão e escolha em ser vascaíno numa família rodeada de flamenguistas. Mas me senti feliz pela primeira vez em ter feito a escolha certa, por ver o meu amor crescendo mesmo quando nada ia bem ou não dava certo. Escutei muito para deixar e torcer para outros times e abandonar o meu Vasco. E mesmo sendo chacota, piada e humilhação por tudo o que meu time enfrentou, permaneci firme por ter caráter e por saber que não errei em colocá-lo como um dos meus maiores amores e conquista que tenho na vida.
É como a frase descreve, o sentimento não pode parar... Como se impede ou faz parar de crescer o que é puro e verdadeiro como o amor. Não importa em que degrau ou patamar esteja, sempre terei dentro de meu peito a cruz de Malta por saber que não foi uma imposição, não foi forçado, foi simplesmente gerado, cresceu e produz até a atualidade o que se chama ser amor verdadeiro.
Ricardo Baeta.