O Espelho O verdadeiro amor é algo... Deutes Rocha Oliveira
O Espelho
O verdadeiro amor é algo que não se pode procurar, nem algo que se pode prever, o verdadeiro amor não nasce como uma planta que se joga e enterrada no chão, a semente começa a germinar, brotar e crescer. O verdadeiro amor não vem com o tempo, seja ao passar dos dias ou ao passar dos anos. Não podemos olhar para alguém e escolher para amar, nem ficar esperando numa esquina esperando o amor cruzar seu caminho. Não amamos coisas, nem pessoas, nem seres e nem atitudes! O amor não te muda para o mal e nem te faz desviar do bem! Sabiamente o amor vem, sem saber de onde, de surpresa e não tem hora para acabar.
Quem de nós já não se viu empobrecido de fé e ao olhar uma cruz o fez lembrar de alguém que por amor, se entregou inocentemente por amor a todo mundo? Que ao se recordar das dores o fez chorar e se arrepender por algo que o dizimava? O amor é algo que brota dentro de nós, nem sabemos o porquê, nem para quê e de onde veio!
Só sabemos que o amor faz o milagre da vida acontecer, sabemos que ganhamos forças para mover uma montanha, nossos braços são capazes de alcançar os céus, não existe mais medo, não existe dor, não existe mais a penumbra, não existe a palavra desistir...
Por outro lado, o amor se manifesta, como um filho que ainda no ventre possibilita que uma mãe construa sonhos para uma vida toda, ou como uma semente que jogada no chão buscar se conectar com a terra para gera uma vida, ou como uma simples brisa que refresca o nosso rosto suado, ou então, aquela gota de orvalho que surge ao amanhecer na floresta. O como uma estrela cadente que de repente aparece somente para você iluminando o céu!
O nosso maior erro é querer transformar o amor em algo que podemos ver, assim como dizemos em estar apaixonado por alguém! Esse alguém não nasceu para te amar, nem tem objetivo de te cuidar ou morrer ao seu lado, mas o amor que existe em você começa a transmitir uma intensidade de luz ao ponto de iluminar a outra pessoa. Infelizmente em raríssimas vezes encontramos pessoas refletivas como um espelho, ou seja, alguém que reflita a você tudo o que você sente na mesma intensidade, sendo que na maioria das vezes só encontramos pessoas como o vidro, que recebe toda a nossa luz, sente o poder do nosso amor, porém, toda a nossa luz o transpassa levando nossa luz para o longe.
Quando amamos sem nos preocupar com o retorno temos mais chances de sermos felizes com a gente mesmo, pois aprendemos a conviver com o amor sem a obrigação de retorno de alguém, por mais que nossa esperança sejam que também sejamos amados, merecemos aprender a amor primeiramente sozinhos, nos amarmos e por fim amar outra pessoa, pois este quando não nos refletir com a mesma intensidade será dispensado de qualquer obrigação, restando-nos os dois primeiros passos, e nos amando passamos
amar sozinhos a vida, a luz e a tudo, sem esperar respostas. De certeza, aquele que desiste do amor, certamente o amor o encontrará!
Deutes Rocha Oliveira (16 de maio de 2022)