Subalternos da segurança, ainda... Malbersu
Subalternos da segurança, ainda envolvidos na substância viscosa que converte a coragem em avisos de arrependimento, quem decifrará mais este lote de desdém fetichista? Quem está seguro para mudar o mundo terceirizado sem prévio aviso? Quem, ainda em farrapos, inaugura repetidamente o que é mais supérfluo nos piores empregos? Quem decifrará a incendiária vaidade nas numerosas intenções de paz? Numerosa é a fome e a miséria que a gente ignora nos pequenos zeros do soldo mensal. O que tenho a ver com todas estas máscaras inúteis? O que faço com estas esperanças provisórias depois de mais uma derrota? Ninguém escuta a vida como ela é. Triste é alegria de quem não consegue escutar a vida como ela é. Ouve-se em toda parte uma enorme variedade de discursos artesanais sobre o desespero de quem não escuta a vida como ela é.