... Se você tivesse a honra de... André Villas-Bôas
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Se você tivesse a honra de interpretar Michelangelo, como faria na obra: "A Criação de Adão"?
Em uma das telas mais famosas do planeta, Michelangelo retrata Deus e Adão: no primeiro ele traduz o divino, no segundo ele constitui os homens.
Na obra percebemos Deus esforçado, com o dedo indicador completamente esticado. Ao passo que Adão está relaxado, falanges contraídas e um dedo indicador quase que desistindo do contato.
O livre arbítrio de Adão - concedido por Deus - nesta imagem, tem a conotação de pensamento excluso, como se o homem pudesse caminhar independente do seu Criador - e na verdade, pode. O crescimento do ateísmo no mundo mostra isso. Os cientistas adeptos da visão monista (corpo e mente indissociáveis) também.
No entanto, todos temos a prerrogativa da escolha, e acho pouco provável que Adão e seus adeptos estejam certos. Tenho o direito de discordar, e apresento aqui a minha versão.
A psicanálise, chamada de pseudo ciência pelos anti-reencarnacionistas, já provou (cientificamente) que nossa consciência se expande quando a matéria (corpo e mente) morrem - mesmo que por um lapso de tempo.
A psicologia, também rechaçada, já provou (através das regressões) a existência de memórias passadas e histórias reais de bebês recém encarnados.
A própria ciência já está dividida, e grandes neurocientistas já optaram pela visão dualista. Sim, corpo e mente são indissociáveis, porém, existe uma alma com consciência e identidade espiritual que está aqui para evoluir aos olhos de Deus. Jesus Cristo, maior exemplo de evolução não há.
Diante de tantas provações, com a certeza absoluta que nosso propósito é a evolução espiritual e que a morte é um tabu alimentado pela cultura do medo e da falta de fé, estico bem o meu dedo pois sei que estou fazendo a minha parte.