Noites Fechadas De algumas noites... Leivânio Rodrigues
Noites Fechadas
De algumas noites fechadas,
Como se fecha rapidamente um guarda-sol,
O dia despertou cedo,
Pondo o rosto sobre o volante,
Amiúde, o sol faz lembrar de conhecidos caminhos.
Aqueles aborrecimentos que são rotineiros,
Percorridos por estradas ao som do vento que oscila emoções nas mesmas canções.
As vezes se pode acompanhar o coro frágil e violento, mas outras vezes a beleza da estrada é também um acolhimento pra alma. E derrepente tudo muda, o som muda!
Ao longo do caminho se ver um rasgo no meio do céu, tons quentes e um singelo tom azul.
Uma luz encadeia o rosto,
E isso nos faz ter um novo olhar da estrada,
Faz acelerar não somente o carro, mas também o coração.
E de repete se ver beleza lá fora!
Porque se reconhece no que o toca, e aquilo que toca é belo e real,
Nos tornando mais original, genuíno como toda naturalidade poética é!
E nos faz criar aberturas para a próxima noite,
Abrindo possibilidades de dormir na paz.
Pois só é possível contemplar beleza externa se houver do lado de dentro paz.
Leivanio