O mesmo vento que pode apagar uma... Impermissus
O mesmo vento que pode apagar uma chama pode também transformá-la em um incêndio incontrolável.
Pra mim ela é o vento, livre, indomável, refrescante, às vezes tão intenso que me tira do chão, às vezes assustador.
E, talvez, como o vento, ela não tenha nascido para pertencer à alguém.
Talvez, como o vento, ela exista para ser sentida, admirada, ouvida e até temida.
Talvez, como o vento, ela exista para trazer mudança.
Nesse caso, tudo o que posso desejar é respirar mais do ar que ela traz.
Ao menos, tanto quanto for possível para um homem com apenas uma vida para viver.
Pra mim ela é o Sol.
E, tal qual Ícaro, eu me embriaguei em seu brilho e na sua beleza.
Temo que, tal qual Ícaro, minhas asas possam ser queimadas por seu calor e eu caia de volta para a terra fria, monótona e enclausurante.
Pra mim ela é o oceano.
Os tons de verde dos seus olhos são como as mais belas praias verde-esmeralda, convidando apreciadores a admirá-las, a explorá-las.
Lindos e tranquilos tons de verde que escondem uma profundeza capaz de engolir o próprio mundo, o tempo e o espaço.
Nem mesmo a física faz sentido ao redor daqueles tons de verde, em 1 minuto no mundo real sou capaz de viver toda uma vida alegre, próspera e intensa, perdido naqueles tons de verde.
O curioso é que, mesmo correndo o risco de me afogar ou perder a sanidade, eu sou irremediavelmente, incontrolavelmente atraído por aqueles tons de verde.