_ Por dentro, não há quem pinte... Saulo Lacerda
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Por dentro, não há quem pinte cores,
Por fora, existem "maquia-dores";
Há lentes que mudam dos olhos a cor;
Mas não escondem as lágrimas de dor,
Expostas, vestes finas que a pele camuflam,
Porém, as feridas internas da alma, não curam,
Faltando na vida real, a terna amabilidade.
Corpos flutuando na inércia superficialidade,
Cinza por dentro; fora, cheios de cores
Dueto na face; coração ausente de amores
"Sarcastisando"e banalizando da vida a dor;
Humanos vassalos na ilusão do falso amor.
Sorumbáticos são estes corações enfim,
Exilados, apenas esperando da vida o fim.