Teorema do Poema A gente roe as unhas... Itaoe Fulino
Teorema do Poema
A gente roe as unhas
se o amor demorar a vir...
Talvez venha nas asas da liberdade
onde a verdade chega por primeiro...
O coração apaixonado é como veleiro
Precisa do vento da sua boca
Para enfim não ser perder
E logo encontrar o paradeiro.
Aquele seu fogão
onde eu ponho a lenha
e o amor arde em chamas por inteiro.
As vezes tudo vira cinzas
mas a esperança é sempre viva.
Há canções que diga em suas rimas
Os seus braços fazem
minhas cinzas ressuscitar!
Eu sou a lenha
que acende a sua chama
Não se engane não,
eu sou o calor do seu fogão.
O perfume do seus cabelos
O suor do seus desejos
O emaranhar de seus apelos
Eu sou o fogo que não te queima.
Eu vejo e ajoelho diante o espelho,
Dos seus olhos que eu amo.
O castanho perdido no ar...
A saborear todo meu desejo...
Mesmo nesta distância
Ainda lembro as curvas da sua boca.
É vida louca a essência dos seus lábios
Os teoremas do nosso poema!
Tu és a alma a pequena joia..
Os pés e as mãos o coração e a sensasão,
O toque do olhar a gentileza do cuidar...
O cabelo negro na imaginação
o silêncio da espera...
Os momentos que a concepção
arde no peito...
De qualquer jeito
o correr para mais perto,
Você é o lago o feto de minha alma...