O valor do pouco tempo Já vivi bem... Graça Leal
O valor do pouco tempo
Já vivi bem mais da metade do prazo da minha validade, como transeunte nesta esfera, no tempo presente.
Não vou comprometer o tempo que me resta com momentos, nem pessoas que me fazem perder tempo.
Que não me acrescentam conteúdos relevantes para elevar o meu conhecimento.
Que tiram a minha paz. Que não estão em sintonia com a minha autenticidade. Que comprometam a minha liberdade de ser quem sou.
Que só têm para oferecer as suas paranoias, egocentrismo, mentiras e arbitrariedades.
Já vivi bem mais da metade do prazo da minha validade, como transeunte nesta esfera, no tempo presente.
Não tenho tempo para perder com mediocridades. Com hipocrisia.
Não tenho tempo para joguinhos e chantagens emocionais inúteis.
Por isso, desnudo o meu ser. Otimizo parte do tempo que temos, para as relações, pra outra parte, de imediato, me conhecer.
O outro decide como quer comigo conviver.
Se de forma transparente. Ou se vou quere-lo, indiferentemente, ausente.
Em tempos de pouco tempo, compreendo o contratempo, mas não o passatempo.
Que os momentos de valor, tão raros em tempos de falta de tempo, sejam, na troca, cenicamente isentos.