Quando algo nos desvanece, de forma a... John Pablo de La Mancha
Quando algo nos desvanece, de forma a nos entristecer, nos deixar reclusos e nos esmorece, logo os desânimos ficam evidentes, porém não significa que devamos nos isolar, pois ignorar os fatos e suas consequências não os modificam. Quando, equivocadamente, permitimos que conflitos e angústias se apossem do nosso tempo e pensamentos estamos dando chance aos desgastes, e isso encoraja as pessoas a continuar nos magoando, pois quem não tem piedade não tem limites. Muitas pessoas não se dão conta de que as chances passam, outras envelhecem, outras são esquecidas, algumas adoecem e aprendemos que as oportunidades não se perdem totalmente, pois quando alguém deixa de aproveitar, outro vem e desfruta com tanta alegria, que acalenta nosso coração. Como me sentirei, diante de decepções não é uma escolha minha, pois não tenho controle sobre atitudes alheias, mas posso escolher o daqui pra frente e compreender que cada gesto escondia uma cruel verdade sob a forma de sorriso. Dentre tantos vazios, até mesmo espirituais, é necessário entender que o desperdício da vida está em diversas condutas que praticamos e em muitas ausências que alimentamos. Quando podemos e deixamos de dar amor desperdiçamos tempo e possibilidades, quando negamos um simples bom dia desperdiçamos sorrisos e satisfações, quando negamos bons pensamentos e doces palavras desperdiçamos prudência e equilíbrio, e quando negamos pequenos instantes de atenção e companhia desperdiçamos felicidades. E assim percebemos que não é nada difícil perder ou deixar de fazer, difícil mesmo é verdadeiramente se propôr, se doar, se dedicar, se empenhar, e principalmente, se colocar no lugar do outro. Amor ao próximo não é para se falar, gritar ou explicar, é para se somar, multiplicar, dividir e nunca subtrair, pois este amor não é para justificar é para praticar, é para o bom viver.
John Pablo de La Mancha