Corpos sem Amor - De que vale... Ricardo Maria Louro
Corpos sem Amor -
De que vale tocarem-se os corpos
se as Almas não se encontram?!
Suspense! Vazio! Nada mais ...
Corpos sujos de cinza, apenas pó,
nada fica em seguida ...
Teia tecida por mãos frias, sem Alma,
palavras vãs! Espasmos-de-quimera!
E o Fogo? Esse que o Amor ateia
num rastilho de Águas-fundas? Onde?!
É apenas fricção,
desejo ainda não contido
que arde em pólvora seca
que rápida e obstinadamente se consome.
Fica o pó, o nada, a cinza desse instante!
Vazio solitário, sem pontas,
memória pejada de melancolia,
que desterra o Coração,
que enterra a emoção.
Uma imensa solidão!!!
Dor funda, punhais cravados,
dedos de um Alguém
que nos percorre o corpo e parte!
E para onde parte?
Parte simplesmente!
Tristeza imensa fica
numa Alma sem pertença
que vai e busca ternura noutros corpos.
Que erro tão errado!
Que fria ilusão!
Lamento alucinado
em Espiral de fantasia
numa busca noutros corpos
que só sabem a madrugada.
Sabem a pouco! Sabem a nada!
Porque o dia sempre chega!
A noite sempre finda...
O encanto sempre termina...
A magia sempre acaba …
Ali faltava o Coração!
Espaço Esse onde os olhos se entrelaçam,
onde se fundem Emoções ...
Saudade! Tão imensa, tão intensa
que sempre acaba em nostalgia de orações!