Ano novo, vida velha. Ainda bem. Falar... Carlos Heitor Cony
Ano novo, vida velha. Ainda bem. Falar mal do ano que se foi é obrigação, uma praxe basicamente adotada por todos. Esperar bem-aventuranças do futuro seria, na pior das hipóteses, mais moderno e mais jovem. Mas a vida – principalmente a minha – nada tem a ver com o calendário, os fusos, as órbitas gravitacionais da Terra em que fomos – segundo a bela prece cristã – desterrados num vale de lágrimas.