Não pretendo que a poesia seja um... Mario Quintana

Não pretendo que a poesia seja um antídoto para a tecnocracia atual. Mas sim um alívio. Como quem se livra de vez em quando de um sapato apertado e passeia descalço sobre a relva, ficando assim mais próximo da natureza, mais por dentro da vida. Porque as máquinas um dia viram sucata. A poesia, nunca.

Mario Quintana De uma entrevista para o boletim do IBNA. In: A vaca e o hipogrifo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.