CAMARIM E quando o palhaço entrava No... Marco Antonio Ribeiro Coura
CAMARIM
E quando o palhaço entrava
No centro do picadeiro
A plateia delirava...
Todo o público aplaudia,
A criançada gritava,
Era muita euforia!
Ele era, afinal,
Um artista fenomenal
Ninguém mais e ninguém menos
Que o Palhaço Alegria,
Com todo o seu talento,
Com toda a sua magia.
Ao ver tamanha energia
Que do circo emergia
O Palhaço Alegria
Alegre também se via.
A tristeza em seu peito,
Esta era apenas sua,
Guardava-a muito bem,
Não contava pra ninguém.
E após aplausos sem fim
Lá atrás, no camarim,
O palhaço meditava:
“Sei que a arte imita a vida...
Mas que bom também seria,
No tocante à minha parte,
Se ao menos algum dia
A vida imitasse a arte”.