RASCUNHO PUBLICÁVEL Uma análise... Zeu Silva

RASCUNHO PUBLICÁVEL Uma análise linguística, de cunho gramatical, não pode prescindir da leitura do texto e da sua interpretação. Sem, primeiramente, estudar o ... Frase de Zeu Silva.

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Uma análise linguística, de cunho gramatical, não pode prescindir da leitura do texto e da sua interpretação. Sem, primeiramente, estudar o texto, sua composição de gênero, seu formato, o tema, o discurso que se organiza, de modo ideológico e filosófico, é quase impossível compreender a análise dos conceitos gramaticais aplicados no texto em estudo.

Todo texto é uma melodia que deve ser acompanhada por quem o lê. E isso está relacionado à força do hábito da leitura. Não "à força do ódio", expressão crescente daqueles que pulam a leitura do texto para a leitura dos exercícios.

É quase impossível, sim, entender a funcionalidade das classes gramaticais por si mesmas, uma vez que o seu efeito de sentido só acontece nos textos e que estes foram concebidos não pelo leitor, mas pelo autor, cabendo ao primeiro, encontrar esses sentidos, ainda que espontaneamente, dentro da leitura.

Um substantivo é nome que carrega consigo a natureza, a essência do ser. Sua escolha é, portanto, o núcleo do sujeito, o tema, o referente em análise. A escolha de um advérbio modifica a dimensão de algo; e o adjetivo atribui valores positivos ou negativos aos seres. Não é por acaso que quase sempre os adjetivos estão presentes nas opiniões. Desnecessário é provar a força do verbo, a classe desencadeadora das ideias.

Mais que um pensar linguístico, o estudo da gramática, aplicada ao texto, é um pensar filosófico. Porque a neutralidade da linguagem é um mito, segundo Ingedore.