⁠Tecendo História. Em perfeita... Gleice Priscila

⁠Tecendo História. Em perfeita sinfonia Um bando de araras anunciava, Os prelúdios de grandes transformações. O vento quente de verão Beijava com esplendor, As ... Frase de Gleice Priscila.

⁠Tecendo História.
Em perfeita sinfonia
Um bando de araras anunciava,
Os prelúdios de grandes transformações.
O vento quente de verão
Beijava com esplendor,
As perfumadas folhas das aroeiras.
E em veneração
As miúdas flores vermelhas,
Caiam feito tapetes
Por cima da terra dourada,
Ah! Terra adorada de Salvador!
Já o mar!
Com suas águas espumantes,
Trazia um povo fugido
Da tropa de Napoleão.
Ao desembarcarem,
Ondas de satisfação os invadiram,
Uma vez que o sabor adocicado,
Derreteu toda salmoura
Que até então
Envolviam a alma.
Porém, a coroa portuguesa
Ainda iriam provar,
Do gosto amargo de muitas batalhas.
Contudo, D. João VI decretou
As aberturas dos portos
E a comercialização inglesa,
Foi permitida.
Dentro de poucos dias,
A corte se despediu
Da região baiana
E mergulhou, na cidade maravilhosa.
Pedras sobre pedras
O Brasil foi erguido,
Deixou de ser colônia
Para ser Reino Unido.
Neste período Joanino
Construíram palácios, teatros e escolas.
A fauna e a flora foram rebuscadas,
Em “Belas Artes”.
Rio de Janeiro, à então capital do Brasil,
Era a que mais desfrutava
De todas essas melhorias.
No entanto, as demais capitanias
Se viam injustiçadas,
Já que os impostos, só aumentavam
E os laços internacionais se estreitavam.
Entretanto, a população lutava
Para se libertarem,
Das correntes políticas e econômicas.
Revoluções explodiram no Brasil
E também, do outro lado do atlântico
E os estilhaços de insatisfação,
Se espalhou por toda direção.
Dessa forma, D. João não teve saída.
Voltou para Lisboa,
Largando no Rio de Janeiro,
Seu filho Pedro de Alcântara,
Como príncipe regente.
O jovem governante se encontrava
Em uma maré de dificuldades.
Uma vez que a elite de Portugal,
Desejava restabelecer
A aliança colonial.
Então, a realeza exigiu,
Que o D. Pedro também retornasse.
Apesar disso, o príncipe decidiu
Trilhar o caminho separatista.
Facções se formaram,
Mas o povo confrontava,
E não aceitavam os retrocessos.
logo, um clube de resistência se formou
E o senado brasileiro recebeu,
Uma carta com milhares de assinaturas
Que defendia a permanência,
De D. Pedro no Brasil.
E como se dançasse um “minueto”,
O príncipe bateu os pés
E com a voz imponente declarou
Que iria ficar!
A corte combatia
Os privilégios brasileiros.
Ainda assim, influenciadores incentivavam,
Que D. Pedro continuasse a marchar
Em busca de mais autonomia.
Em meio a tantas tempestades,
Um feixe de luz inundou
A mente da princesa Leopoldina.
Posto que, o príncipe viajava
Para resolver alguns conflitos.
O poder agora se achava
Nas mãos, da jovem princesa.
Com adrenalina correndo nas veias,
Leopoldina convocou
Uma sessão extraordinária
Conduzida, por José Bonifácio,
Visto que era considerado,
Braço direito de seu esposo.
Corajosa e determinada,
A imperatriz assinou o decreto,
que iria escancarar as portas,
Da tão almejada liberdade.
De imediato, os sinos tilintaram,
Espalhando a grande novidade.
Já no litoral paulista,
O príncipe havia sido avisado,
Da valentia de sua Leopoldina.
De pressa, D. Pedro de Alcântara
Levantou a espada
E a sua voz, cortou o horizonte
Ao proclamar a independência do Brasil.
Enquanto isso,
O sol irradiava esperança.
E o rio Ipiranga,
Transcorria tranquilamente.
Outrora, se reinventava,
Contornava todas as pedras,
Que surgia em seu percurso.
Portanto, a natureza revelava
As dificuldades que a pátria,
Ainda iria atravessar.