A dor as vezes é tão grande, rasga... Dani Lopuch
A dor as vezes é tão grande, rasga a alma faz chorar todo instante. Como navalha que corta, dilacera e não se importa. O coração sangra, verte sangue mas continua pulsante, deixa ofegante como se deixasse de bater no peito, sobe a garganta tranca o ar as vezes espanta. Sem o ar que faz o pulmão inflar, parece que enfim a morte vai chegar. Mera ilusão a ansiedade não quer matar apenas torturar. Mas até quando aguentar sem poder gritar, ecoar a dor que não quer passar. Como tratar, qual remédio tomar, se para a dor da alma não existe um curar. O desespero toma conta, o ser não se dá conta, mas a dor só aponta para o caminho que vai findar toda a afronta. Caminhos de espinhos, escuros e vazios, como o coração do ser que está ferido, acoado e reprimido, perdido no labirinto da solidão, perdeu a razão, segue sozinho por não ter mais esperança nem redenção. Pobre coração.
D.L