Vento do Sul Conta-se por aí que um... Marta Rocha
Vento do Sul
Conta-se por aí que um cachorro corria de vez enquanto por um campo aberto e cheio de flores .
Conta-se que nem mesmo vento podia acalmar.
Até que um dia um corredor de nuvem o envolveu e o encobriu .
Parece que a grande nuvem o envolveu por completo mudando a sua cor.
Dias depois só ocorrido havia apenas uma penugem desconhecida no ar.
Como o vento pode acalmar a tempestade?
Como o ar pode trazer novos ventos e contentamento com cores, plumas e sabores?
De noite a brisa mansa, de dia o sol escaldante
Meia lua conta uma história e o poeta parafraseando
Digo isso ao vento e ao mar
Digo isso de noite e ao entardecer
Conta-me o segredo do sol
E as peripécias da lua não me serão escondidas.
Do norte e do Sul
Do vento e do ar
De palavras soltas e desconexas
Comecei a salmodiar
Como era linda a flor do campo
E como os lírios são de encantos mil
Valente é aquele que não tem medo do ar
Forte é aquele que resiste as tempestades
E a inteligência do pensamento se rende a magia intensa do bem querer.
E até quando me vem de noite a lembrança de um mundo desconhecido?
No dia em que a tempestade chegar
Me lembrarei do entardecer suave e gentil
Até que novamente possa ouvir o canto dos pequeninos que me encantam.