⁠O Nevoeiro Tudo está cinzento, não... Dayane Crisley

⁠O Nevoeiro

Tudo está cinzento, não dá pra ver a estrada
Eu passo por alguém, vejo uma mão mas não consigo pegá-la
Meus ouvidos estão tampados, meus sentidos estão deturpados
Eu tento gritar mas minha voz não sai, eu tento correr mas minhas pernas não obedecem
Eu vejo o mesmo lugar mil vezes, estou andando em círculos, não tem saída
Ouvi dizer que existe um farol mas nunca o encontrei em meio ao nevoeiro
Ouço vozes, elas me dizem você conseguirá, seja forte, fico confusa, um eterno frenesi
Me embriago na esperança de sentir que posso sair dali
Dores acometem todo meu corpo
Não há saída, não pra mim
Meu coração anseia por liberdade
Mas o cansaço me faz desistir
E a história se repete infinitas vezes
Até eu não mais existir