O mínimo dos seres carrega em si o... Júlia Figueiredo
O mínimo dos seres carrega em si o dom de representar a vida leve e automática. Percebê-los é constranger-se diante do dinamismo que sacrificamos pelo pragmatismo. Não diga a eles o que importa. Estão ocupados em viver o inútil, aquilo que não tem fim, o objetivo. Para que voam? Para que ornam o universo? Nascemos para existir, não para cumprir tarefas, mas investimos esforços num plano de metas e abandonamos a existência a cada check no list. Não é uma apologia ao ócio, mas a conscientização do devido respeito à fluidez vida.