Nesse quadro remoto no tempo, moro junto... FRANCISCO JUVAN SALES
Nesse quadro remoto no tempo, moro junto com as minhas lembranças de momentos bons do passado que não voltam mais, podendo ser chamadas saudade, que me acompanha silenciosamente em todos os passos até o último dia de vida.
A nossa história pessoal é semelhante a um filme que não sai da nossa mente, nos perseguindo com severidade pelo que fizemos ou deixamos de fazer, onde cada um encontra o seu próprio significado ou o propósito do movimento e oscilações de seu mundo individual, conforme sua própria compreensão, experiência e seu código de valores.
Todos nós trazemos marcas da vida, principalmente ferradas no corpo e na alma pelos momentos de alegrias e tristeza, dores, perseguições, falsidades, inveja, decepções etc., também oportunidades de novos desafios para recomeços para irmos em frente.
Tudo que tem ou faz relação à nossa terra natal são flagrantes imprevistos transfigurados de momento a momento pela varinha mágica da natureza de tudo o que existe, mostra-se e manifesta-se em nosso mundo, que nada mais é do que um grande teatro, onde todos somos apenas espectadores.
Quem tem a mania, o jeito severino de se encantar com as belas coisas da sua terra, onde conhecemos sua gente, seus cantos e recantos de mil encantos, sente, sim, muito orgulho por aquilo que ela representa em nossas vidas.
As narrativas da vida são compostas por flashes densos de lembranças que vêm do passado, atravessam o presente e se perpetuam no tempo. Enfim, são flagrantes reencenados de momento a momento por nós atores e espectadores no grande teatro da nossa vida.
Sem dúvida o tempo é um voo panorâmico em todas as direções nas assas da imaginação, lembranças para as quais não existem palavras que exprimam toda a emoção carregada de tanta significação. Esses momentos sentidos e vividos no tempo nos revigoram a vida com boas recordações.
Somente o coração, a mente, a consciência, sei lá o que, expressam, dizem e confirmam.