Braços de Gancho Te imaginar em... Vitória Missiaggia
Braços de Gancho
Te imaginar em outros braços me deixa condenada
Presa a uma sentença curta
A um verso imundo
Num universo repleto de covardia
Figurar teus contornos ligados em pontos
Sabendo que não sou nem o lápis que os faz
Nem a borracha que os apaga
Muito menos a caneta que os marca
Não sei se me fiz de escada
Para vos subir e aprender com os degraus
De lanterna
Para iluminar ou fornecer clareza
Ou de bússola para te orientar
Talvez eu tenha sido uma pirata,
Navegando por entre os teus pensamentos
Sempre em busca de terra firme
Para poder enfim
repousar os pés no chão…
Uma Poeta Entre a Porta e a Gaveta, observando pela janela. Abril, 22. Pensado dentre algumas aventuras de piratas.