Face do caos Não é esquisito... Rama Amaral
Face do caos
Não é esquisito superficiar
a dor ou a ternura num tempo
de flores artificiais, se o que vale
o sentimento é apenas a tinta fresca
que a leve chuva desfaz em
despercebidos segundos.
O sinônimo de bem é fingimento, não sentido, mas reinventado com fragmentos de hipocrisia ao ápice do bloch.
Se o brilho o tempo apaga do
sorriso nem mesmo um adjetivo
de qualidade expressa o mesmo sentido no paladar ou no dicionário, este há tempo marginalizado de modismo, futilidades e palavras relativas.
Todavia, o que se eleva à vida
atualmente nada mais é que
a palidez da própria
mecanização sistêmica
de tempos fingidos, quando a
originalidade se perdeu no vazio, desfigurada de sentimentos,
valores e reflexões...