ILUSÃO Não te martirizas se a... Enoque Teles Borges
ILUSÃO
Não te martirizas se a esperança falhou,
Se a certeza que tinhas em dúvidas se transformou,
Ou se o sonho que tiveste em noite lendária,
Com o surgir do dia ante a realidade exalou...
Pois a esperança é como a brisa que sopra,
Que se sente, mas, não se vê...
A certeza é qual clima primaveril que se modifica.
Com o passar das nuvens pelo céu,
E o sonho! O sonho é uma tola utopia
Se lhe fosse possível retirar o véu.
Não lamentes se a vitória que alcançaste
Jamais compensou toda renhida luta já vencida.
Se o amor que supunhas, não aconteceu
Ou se a felicidade que viste nalgum lugar,
Antes mesmo de nascer, para ti ela morreu...
Pois a vitória é tão acidental quanto à derrota,
O amor é igual à vida, sempre acabando,
A felicidade é aquela noite que estiveste ao léu,
Com estrelas cintilando no vazio
E tu vendo-as no céu.
Não esperas na certeza de ser o sonho
Um norteado vento que sopra a favor, levando-te.
À vitória, a felicidade e ao amor.
Pois no passado, a esperança foi à certeza.
Que no presente não veio.
O sonho, o amor, a felicidade, a vitória,
São o constante futuro. E apenas futuro são...
Expondo-os à luz do agora, teriam todos.
Um único sinônimo: Ilusão.
Enoque Teles Borges