UM DIA DE JULHO Eis o sol que... Jhone Tavares
UM DIA DE JULHO
Eis o sol que inaugura mais um dia,
Muito mais que apenas mais um dia,
É um dia de julho, marcante por essência,
Fundado entre o sonho e a realidade,
Da sorte ímpar de um desejo.
Desejo que irá além do mero vislumbre,
Ultrapassando a barreira tímida do oculto,
Idealizado pelo sonho e pelo encanto.
Mas, a verdade mostrou-se mais,
Verdade transmitida pelo seu olhar,
Confirmada em cada sorriso tímido.
O que fora idealizado se fez pó,
Era insuficiente, limitado e frágil,
Diante da beleza de seu sorriso.
Naquele dia de julho,
Findaram-se os ruídos,
Ela era a minha certeza,
Certeza além do acaso.
A troca de olhares se fez assunto,
O assunto se fez abraço,
O abraço se fez beijo,
O beijo se fez paixão,
A paixão se fez amor.
O sonho se fez carne.
A carne se fez verbo.
Verbos delirantes,
Encarnados em calor,
Suspiros e olhares.
Sinônimos áureos de amor.
Por ela, o poeta se fez.
Como as tulipas na primavera,
Floresceram os versos inspirados,
De verdades tão reais
Como a magia de seu sorriso,
Como a felicidade em vê-la chegar.
E ela chegou em um dia de julho,
Para sempre morar em meus sonhos,
Em meu peito e em minha poesia.
Que um dia de julho seja eterno,
Para este poeta, com sorte,
Morar nos braços de Gardênia.