⁠NA MADRUGADA um aperto no peito... poeta do cerrado - Luciano...

⁠NA MADRUGADA um aperto no peito árido e ramoso
sussurrando a saudade num rigor
suspirando a dor cheia de amargor
um silêncio nu, descalço e moroso uma encenaçã... Frase de poeta do cerrado - Luciano Spagnol.

⁠NA MADRUGADA

um aperto no peito árido e ramoso
sussurrando a saudade num rigor
suspirando a dor cheia de amargor
um silêncio nu, descalço e moroso

uma encenação do sono malicioso
um pactuar medroso com o temor
um desanimo calado em dó menor
um maldoso sentir vazio assustoso

a soltar dos olhos lágrimas sofridas
partidas, uma sensação desfolhada
como se estivesse esfolando vidas

assim, adentra cada minuto do nada
numa ausência e sofrências nutridas
no compulsar solitário da madrugada

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04’08”, 17/10/2021 – Araguari, MG