Sobre os moinhos de vento... (19 DE... Carla Batista
Sobre os moinhos de vento... (19 DE DEZEMBRO DE 2012)
Eu queria ser o tipo de pessoa explosiva, nada ficaria guardado, eu te diria tudo o que estou sentindo, eu daria ultimatos, mas é verdade é que, bem eu não sou, definitivamente eu nunca vou ser, guardo tudo tão bem guardado que acho que uma hora eu vou implodir de tantas coisas armazenados aqui dentro, mas isso é quem Eu sou, penso que não vou mudar tão cedo e na verdade nem sei se eu quero mudar, passei por muitas fases nesse meio tempo 6 anos é muito tempo, eu mudei, não por você, não pra você, mas eu mudei, meus ideais infantis foram embora, aceitei os seus defeitos como parte de você, e te amei inclusive por eles, nunca desejei que você mudasse quem você é por mim, é claro não vou ser hipócrita e dizer que não há coisas que me incomodavam e que secretamente eu esperava que você mudasse de atitude, mas essencialmente eu te amava do jeito que você era, e por favor não me pergunte as razões, se existe algo que eu aprendi nesse meio tempo é que quando o amor entra pela porta a lógica foge pela janela.
Você por vezes me disse que eu era modesta, eu nunca te contei mas nunca foi modéstia, era falta de auto-estima mesmo, eu te amava tanto que eu desejava que você encontrasse alguém que te fizesse feliz, eu sou sombria e complicado demais e você também, então sempre achei que o que você precisava era justamente o antítese de quem eu era, eu não achava que podia te fazer feliz, e torcia para que você encontrasse alguém que fizesse, e claro secretamente eu esperava por um milagre, que de alguma forma de algum jeito seria eu??! Não é ridiculo?
Eu fui sua de corpo e alma, provavelmente mais corpo que alma do seu ponto de vista, mas eu fui sua toda sua, e sim tenho plena consciência que você nunca foi meu não de alma, nem de corpo, não realmente, isso dói, até conhecer você eu nunca tinha associado a ligação coração e amor, mas o que dizem é a mais pura verdade dói no peito as dores de amor, cada mágoa é como um soco, a dor é fisica!
Minha inteligência não se aplica quando se fala em você, tola que sou mesmo quando tento me convencer que acabou metade de mim ainda espera um milagre, me agarro as lembranças agridoces e espero que a dor passe, para o bem ou para o mal, tantas vezes desejei esquecer você, e tantas vezes vou desejar, te disse uma vez que que eu não era força que me fazia ficar longe, era minha fraqueza, porque sabe? Dói, e a dor não vai embora, eu não queria precisar de você mas eu preciso, eu não quero precisar de você, mas eu preciso, eu preciso de um milagre e principalmente eu preciso deixar de amar voc, acho que eu nunca conseguiria te odiar, mas tudo bem, sempre acreditei que antitese do amor fosse a indiferença, é isso o que eu mais queria ser indiferente a você, a indiferença é vazia, mas sabe nesse momento é justamente o que eu preciso, porque eu não posso mais, cheguei ao limite das minhas forças, não quero pensar nos "se", "se fosse assim", "se eu fizesse isso..."
Quero ser amada, quero pertencer de corpo e alma ao meu amor, e quero que ele seja meu de corpo e alma também, e se você não é essa pessoa então porque eu não consigo esquecer você??? Não há barreiras só desculpas, o que nos impede de ficar juntos não são dragões, são moinhos de vento, e eu não posso lutar contra moinhos de vento... Não mais!
"Eu espero que a vida te trate bem
E eu espero que você tenha tudo
Tudo o que você sonhou.
E eu lhe desejo alegria
E felicidade.
Mas acima de tudo, eu te desejo amor."