Naquele momento nada que eu viesse a... Donzin
Naquele momento nada que eu viesse a falar, haveria de ser melhor que a sensação de tê-la em meus braços. A maneira que me olhava criava laços, com a caneta em mãos, mesmo que de olhos fechados eu era capaz de recriar cada um de seus traços. À despedida me deixou em pedaços, o que outrora era cotidiano, atualmente na minha memória são lapsos. Sinapse, essa falha na comunicação me leva ao colapso. Durante esse estado de choque minha mente insiste na possível ideia de fracasso.
Às vezes me pego olhando aos céus como quem se pergunta "oh Deus o que faço", nas madrugadas vazias eu finjo que ainda sei o que é poesia, finjo também que a caneta que riscava no passado continua sendo minha ou que o talento com as palavras me faz companhia.
Boêmia um sonho de vida simples, debandar os medos e desbravar sua alegria