⁠À Toa - Silêncio meus poetas,... Ricardo Maria Louro

⁠À Toa - Silêncio meus poetas, canto-vos um fado que nasce das minhas mãos, vazias e gastas pois nada mais me liga, ao frio do passado àquelas velhas mágoas, qu... Frase de Ricardo Maria Louro.

⁠À Toa -

Silêncio meus poetas, canto-vos um fado
que nasce das minhas mãos, vazias e gastas
pois nada mais me liga, ao frio do passado
àquelas velhas mágoas, que choram as desgraças.

Que a vida quando dói, não pára de doer
e a Alma cansada, entrega-se vencida
digo adeus sem despedida, que fica por dizer
num cais d'águas paradas, tristes; proibidas.

Deixarei meu fado, nos braços da saudade
na memória dos teus olhos, feridos e vazios
sigo à mercê do tempo, do vento e da idade
com esperança digo adeus, e as mãos cheias de frio.

(Para o Fado Nóquinhas)