⁠MUNDO NOVO Foi no dia primeiro de... Jorge Gomes da Mota

⁠MUNDO NOVO Foi no dia primeiro de janeiro Do ano gêmeo Já vou logo relatar Um novo tempo chegou Fazendo o mundo parar. Tudo parecia combinado Nós saímos do pas... Frase de Jorge Gomes da Mota.

⁠MUNDO NOVO

Foi no dia primeiro de janeiro
Do ano gêmeo
Já vou logo relatar
Um novo tempo chegou
Fazendo o mundo parar.

Tudo parecia combinado
Nós saímos do passado
Mas não tava preparado
Pra viver neste lugar.

Em fevereiro escolheu o carnaval
Pra trazer todo esse mal
Para nos atormentar.

Esse novo tempo
Trouxe como presente a pandemia
Mas não precisava tanta rebeldia
Pois já no primeiro dia
Entendemos que a vida
Tinha que mudar.

Muitos não quiseram acreditar
Inclusive o presidente
Que de forma intransigente
Incompetente
Inconsequente
Fez chacota da nossa gente
E fez o mal se espalhar.

A crise aumentou a fome da população
Famílias pobres vivendo do lixão
Recentemente eu mesmo vi na
televisão
Uma mulher pobre reclamando
Dando sua explicação:
– É daqui que eu como, bebo e visto,
não preciso mentir!

Vivemos um governo trapalhão
Pois o tal de capitão
Governando a nação
Deixou o povo se ferrar
E com leite condensado
Começou a governar.

Infelizmente o velho tempo findou
E o tempo novo acabou de chegar
Hoje temos que concordar
Em mudar os nossos hábitos
Viver distanciado
Presos em nosso lar.

Ah... Novo tempo
Tempo novo
Dá-me um tempo
Pois eu quero respirar
Á pouco tempo no passado
Num lugar bem sossegado
Vi o povo reclamar.

Daí pra frente
O culpado foi à gente
Que vivia indiferente
Sem querer se adaptar.

No mês de março a pandemia piorou
Já em abril a crise se agravou
Mesmo assim seguimos em frente
Acreditando num presidente
Que a crise amenizou:
– Não se distancie! Não use máscara! É
apenas uma gripezinha! Rá rá rá... blá
blá blá... Tá ok!

No fim do ano muitas mortes
acontecendo
Foi muito triste ver o povo todo
sofrendo
Vi muita gente enterrando seus
parentes
E o tal do presidente ao mundo
afirmando:
– E daí? Não sou coveiro, rá rá rá... Tá
ok!

Isso é revoltante
Mas tem gente que apoia
Acredita em conspiração:
“Vacina com chip”
“Vachina comunista”
“agrava aides”
E outras baboseiras mais
Dando ouvido ao capitão
Que com leite condensado
Sorri e zomba da nação.

Todos os dias
Passa na televisão
Milhares de mortes acontecendo
Esse é o preço que temos que pagar
Por causa de um governo
incompetente
Que diz pra nossa gente:
– Morra quem tiver que morrer, rá rá
rá...

A sua perversidade não tem fim
Não importa com a vida
Não preciso nem falar
Pois as tuas asneiras
Só estão a prejudicar
O trabalho da ciência
Para a cura encontrar.

Mas é com muita luta
Que os heróis da nação
Profissionais da saúde
Estão acima do capitão
Terminou o primeiro ano
Com boa atuação.

Com a esperança renovada
O povo se alegrava
Pois no braço
As primeiras doses
De vacina já entrava.

Os cientistas alertaram
Com muita preocupação
Mas, ignorantes
Não lhes deram atenção
Com a falta de empatia
Os hospitais enchia
Muitos morriam
Nos leitos
E no chão.

Com muito esforço
Chegamos ao ano 02
Foi bem pior que o primeiro
Com centenas de mortes
Afetando o mundo inteiro
É muito triste perguntar
Mas nós queremos saber
Oh insensível mandrião
Quanto vale a vida pra você?
Quanto vale capitão?