OS CARRAPATOS Sanguessuga que não... Paulo Vinício
OS CARRAPATOS
Sanguessuga que não pensa
Que o povo pode sofrer
Na verdade, ele pensa
No que o sangue possa render.
A quantidade é assustadora
Sugando as nossas veias
Cicatrizando toda a pele
De um povo que ali semeia.
O sangue está outorgado
Apenas para alguns
Nem homeopatia dá mais jeito
Se são protegidos por inimigo comuns.
A pele está seca
Nem germinar quer mais
Por conta das grandes bombas
Que não explodem jamais.
Bomba da extinção
Que elimina sem se ver
Faz a fome aparecer
E você morre sem saber.
O sangue já tem donos
E é de toda população
As agulhas devem ser tiradas
Para bombear para o coração.
É o coração que germina
É o coração que dá frutos
É o coração que alimenta
Sem precisar destruir tudo.