⁠MEU AMOR Não poderia chegar até... Maria A. Pontes

⁠MEU AMOR

Não poderia chegar até aqui sem dizer, o quanto você me faz falta!
Hoje é um dia comum, um Domingo qualquer,
Uma tarde sem sol, sem vento, sem praia, sem flores...
Eu poderia até dizer que tudo está bem,
Que a pandemia mundial acabou,
Que o Ômicrom não existe,
Que tudo é uma farsa...
Que a GUERRA também não existe...
Mas, quem dera meu Amor!
Hoje a tarde apesar de ser igual para muitos, para mim é diferente...
É um pouco assustadora, pois por onde quer que eu olhe, eu vejo você, seu sorriso, seu olhar, seu jeitinho de dizer: - Te amo!
É tudo isso que me faz ajoelhar diante do altar do tempo e gritar seu nome, chamar por você, até que me escute e volte ao meu abraço...
Que ingenuidade é a minha! Que loucura, que insanidade...
Como dói meu Amor! Pois tudo o que sei é que nunca mais nos veremos, pelo menos da forma que éramos, jovens, sonhadores, planejadores de um
Futuro que nunca irá chegar, um passado que não podemos puxar de volta e reviver novamente.
Agora tudo é o "hoje" uma cabana cercada com um tecido escuro e impermeável onde tudo se perde na imensidão do medo, incertezas e dor...
Sabe?
Eu não gostaria que fosse assim, porém é e não posso mudar eu tenho que seguir em frente, com ou sem lágrimas, com todas as dores, o peso da saudade, o desengano, a frustração de não poder te tocar em minhas noites vazias, em minhas angústias silenciosas, em meus momentos de divagação... Sem esperanças,, sem vontade de viver...
Por onde quer que eu vá, tudo o que vejo é apenas
"Você"!
Maria A. Pontes
15:17hs - Texto com sabor Sul- Paranaense