Perdoe-me mas não pude evitar a... Nanda Liberato
Perdoe-me mas não pude evitar a força dos pensamentos, é que os sentimentos tem sido mais forte do que eu, confesso que tentei leitura mas pensei em você na noite passada de novo.
Era muito tarde e já estava deitada na cama, foi no escuro do quarto, com o silêncio solene que fechei os olhos e entrei em meu mundo, e você estava lá de novo.
Podíamos ser os donos do mundo, e ali éramos.
Corremos de mãos dadas na areia da praia num fim de tarde no meio da semana, o céu está colorido e a cor que se destaca é o laranja com rosa, o vento corre forte e tem pássaros seguindo seu rumo na leveza de seu voo, há pessoas fechando seus guarda-sóis e ambulantes indo embora, a sensação de viver isso é tão incrível que tudo parece estar devagar e o tempo parece querer parar pra nos admirar...
Apesar de segurar forte tua mão, soltaste a minha no meio da corrida, e o mar gelado tocou meu corpo primeiro, e antes que me virasse, você abraçou a si mesmo. Seus olhos fixo no mar o fez hesitar em entrar na água com medo da sua impetuosidade, mas eu estava lá pra te abraçar, eu sempre estive aqui pra te abraçar, mas você nunca veio.
Estou com teu rosto no meu e sinto toda a tua vibração, teu corpo chega a tremer de frio, suas mãos estão rígidas quase que paralisadas, te puxo pra mim com força e te beijo com vontade no intuito de nos esquentar, embora quisesse mesmo incendiar nossas almas até que se consumissem pela a chama desse amor insano que sinto mas que pra muitos é inverosímil existir.
As ondas nos envolve sem força alguma de nos tirar do lugar, estamos fortes o bastante pra continuarmos juntos.
Estamos nos beijando...
Estamos caindo na areia...
Estamos nos amando...
Estamos nos dissipando na alta consumação de tudo que sentimos...
Estamos nos tornando um só outra vez...
Estamos desaparecendo, e antes que eu abra os olhos quero que sinta na pele como é se sentir vivo de novo, mostrar pro mundo que ele precisa de você pras suas cores terem algum sentido.
E deitados naquela areia, envolvidos por toda aquela brisa, olhando as pequenas estrelas a surgir que te vi suspirar fundo e sorrir, apertei sua mão ainda mais forte mas você estava se esvaindo junto da areia do mar.
"Somos imbatíveis, eu te a...", te ouvir dizer baixinho, mas eu abri os olhos.
Pensei tanto que pesou o travesseiro, não consegui dormir, e não consegui voltar.