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⁠Adrilles e Monark Fazendo Apologia ao Nazismo (por Andre R. Costa Oliveira) Tem uns caras meio retardados nos últimos dias fazendo apologia ao Nazismo. Houve u... Frase de Andre Rodrigues Costa Oliveira.

⁠Adrilles e Monark Fazendo Apologia ao Nazismo
(por Andre R. Costa Oliveira)



Tem uns caras meio retardados nos últimos dias fazendo apologia ao Nazismo. Houve um comentarista de jornal chamado Adrilles Jorge demitido pela saudação nazista ao vivo. Teve ainda um “youtubber/blogueiro/influencer/podcaster” (porque agora no Brasil são profissões) de nome Bruno Aiub (Monark) defendendo a legalização de um “partido nazista brasileiro”. Dois idiotas burrinhos. E por que são tão idiotas burrinhos? Vamos aos fatos:

Em primeiro lugar, eu nem acho que ambos se identificam, na prática, como “partidários” ou “simpatizantes” de nazismo algum porque, muito provavelmente, desconhecem (por completo) o que foi o nacional-socialismo alemão e sua história mais do que abominável, desde sempre escrita e narrada com o mais sagrado sangue humano, derramado em meio a covardia e brutalidade.

Penso, em verdade, que os dois apedeutas tentaram defender o que seria “liberdade de expressão” em contraponto à proibição e à vedação do nazismo como ideologia, partido político ou seja lá o que pensaram.
Entretanto, esqueceram-se de pontos importantes:

Todo o embasamento ideológico do nacional-socialismo alemão cinge-se na superioridade de uma determinada “raça” sobre outras “raças”; prega abertamente a eugenia (melhoramento de pessoas pela eliminação sistemática e controlada de espécimes tidas como “inferiores”); advoga a eliminação sumária de várias etnias, a extinção total dos judeus, dos homossexuais, dos opositores políticos, dos negros ou, na “melhor das hipóteses” (se é que é possível uma “melhor hipótese” no caso em comento), a eterna submissão servil de todos eles.

O nazismo implementou algo que jamais havia sido implementado em nossa História: o nazismo implementou a industrialização do assassinato e a banalização do mal (sugiro leitura da obra de Hannah Harendt). “Simples assim”.

Nenhuma das grandes bizarrices assassinas da humanidade - ainda que tenham eliminado mais vidas humanas do que o nazismo, tais como o comunismo na União Soviética de Stálin, o Rei Leopoldo da Bélgica “colonizando” o Congo, os muçulmanos que escravizaram a África, Mao-Tse-Tung e sua “Revolução Culrural”, Gengis Khan na conquista da Ásia entre outros) - planejou, organizou, implementou, cronometrou, catalogou, organizou e aprimorou - a morte tal qual os nazistas fizeram. Nisso eles foram imbatíveis e, por isso mesmo, jamais deverão ser esquecidos, até mesmo para que tamanha infâmia não se repita nunca (sim, leitores, claro que é possível que se repita, ainda que dotada de adornos e contornos diferentes; só que falaremos sobre isso em outra oportunidade).

A mesmíssima Constituição Federal de 1988 que defende, como cláusula pétrea, a liberdade de expressão e pensamento (que, a priori, foi a “razão maior” dos argumentos expendidos pelo Adrilles e pelo Monark) veda enfaticamente a discriminação de qualquer espécie.

Inobstante, a Lei 7.716/89 (que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor) prevê no seu artigo 20, in verbis: "Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena - Reclusão de um a três anos e multa.”

Já no parágrafo 1º do artigo 20 do supracitado Diploma Legal há o chamado "Crime de Divulgação do Nazismo", assim tipificado: “Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena - reclusão de dois a cinco anos e multa".

Portanto, a apologia ao nacional-socialismo alemão - por ser, em sua essência, racista, genocida, etnicida e discriminatório - constitui crime sem direito a fiança, enquadramento dado pelo artigo n. 20, parágrafos 1 e 2 da Lei n. 7716/89 (com redação atualizada pela lei n. 9459, de 15 de maio de 1997). Adrilles e Monark se ferraram. Merecidamente.

Todavia, cabe uma observação importante: o acesso a informações sobre o nazismo não é proibido. Estudar sobre nazismo pode. Palestrar sobre o nazismo pode. Debater sobre o nazismo pode. Só que defendê-lo é, na prática, defender a monstruosidade e o mal absolutos, o assassinato de milhões de pessoas, a perseguição infame a seres humanos, a expropriação do patrimônio, a violência contra os mais fracos, a arrogância suprema, a vileza, a tirania e o totalitarismo (embora, quanto a esse último tópico, a doutrina de esquerda marxista também o faça).

E é isso.”


(Em 02/2022)