Raio de Sol Quando o raio de sol invade... Vanessa Fontana
Raio de Sol
Quando o raio de sol invade a transparência do cristal reparte a unidade da luz em cores de amores que desnuda poeticamente o lirismo individual
E mostra com a delicadeza pulsante de vida a efemeridade da unidade, da condensação
Não nascemos posses, nem metades, muito menos partes, somos complementos de todos, como se todos fossemos um organismo único, assim como a luz que tínhamos a ilusão de ser unitária reparte-se em mil cores .
Esses mesmos reflexos ao encontrar em sua frente um foco projeta nele todas cores refletidas, tingindo sem tingir, sem permanecer.
E nessa observação sensível e factual percebo a revelação esplendorosa da própria natureza.
O amor assim como a luz está ali para todos que em seu foco passar, e troca-se em interesses sem julgamentos mas quando disfarça-se de paixão e escolhe apenas um coração corrói-se na tentativa de fazer posse e vulgarmente prende aquela que deliberadamente o doou. E transforma amor em dor. Prazer em privação. Ou apenas, decepção.
Vanessa Fontana