Naquela noite, eu permiti que me... Lucas Avelino Passos
Naquela noite, eu permiti que me destruísse,
Até minha alegria levaram, sem toque, sem libido, sem prazer de verdade
Eu continuo a me prostituir, todo santo dia
Eu me entrego, me deixo, me esqueço
Vendo meu corpo, como se fosse nada
Mesmo olhos se encheram de lágrimas,
O desencanto estava em meu olhar
Meu corpo se transformava em uma máquina de prazeres momentâneos: ejaculava, comia e dormia.
A rotina estava amargurada.
A frustração estáva enclausurada na futilidade
Pois ao invés de investir em seriedade
Me enterrei vivo
É que sobreviver, exige ter que submeter a satisfação dos interesses dos outros
Enquanto vou me esvaziando
Lentamente, pouco a pouco...