⁠Não Visitem o Museu da Língua... Andre Rodrigues Costa...

⁠Não Visitem o Museu da Língua Portuguesa!!! Perigo Iminente de que Saiam de Lá Mais Burros
(por Andre R. Costa Oliveira)



O Museu da Língua Portuguesa era um dos lugares mais legais para se visitar na cidade de São Paulo/SP. Eu pessoalmente o visitei em reiteras oportunidades quando em viagem à Capital Paulista.

Ocorre que, aos 21 dias do mês de dezembro de 2015, o museu foi tomado pelas chamas em decorrência de um incêndio de grandes proporções.
Brasileiros ficaram indignados, assim como também o fizeram em 2 de setembro de 2018 quando o Museu Nacional no Rio de Janeiro/RJ perdeu 95% de seu acervo (embora quase ninguém soubesse de sua existência) em um outro incêndio ainda mais devastador e, em 29 de julho de 2021, na Cinemateca Brasileira, quando o fogo consumiu parte importante da história do cinema brasileiro.

As causas das tragédias históricas/artísticas/estéticas/culturais nas três instituições foram basicamente as mesmas: manutenção precária das edificações e dos sistemas elétricos, descuido, orçamentos pífios, negligência das autoridades públicas (ir)responsáveis e por aí vai.
O Museu da Língua Portuguesa foi reaberto ao público recentemente, em agosto do ano passado.

No Twitter, a administração do Museu assim decretou: “Nesta nova fase do MLP, a vírgula – uma pausa ligeira, respiro – representa o recomeço de um espaço aberto à reflexão, inclusão e um chamamento para todas, todos e todes os falantes, ou não, do nosso idioma: venham, voltamos! #31JulhoMLP”. “

Isso mesmo. A partir de agora o símbolo do Museu da Língua Portuguesa é uma “vírgula”. Até aí nada demais. Que se dane a vírgula. Isso não me importa.

Mas e essa m. de linguagem neutra no texto publicado pelo próprio Museu da Língua Portuguesa? “…inclusão e um chamamento para todas, todos e todes os falantes…”. What the f. is that???

Uma das discussões mais polêmicas atualmente a respeito da Língua Portuguesa é a utilização de vogais temáticas.

Trata-se da proposição de uma terceira forma de escrita e de pronúncia, que vai além do “A” - para o sexo feminino e - do “O” - para o sexo masculino.
A tal da “terceira letra” seria então utilizada referindo-se a todos, sobretudo àqueles que não se identificam com a chamada binariedade (não se sentem confortáveis associando-se ao feminino ou ao masculino). Virou moda até no “inteligente” programa intitulado “Big Brother”, marco supremo da sub-cultura ocidental - e decadente - na atualidade.

Não há possibilidade de que um museu cujo objetivo principal é familiarizar o povo brasileiro (cuja metade, provavelmente, ainda é analfabeta funcional, ou seja, não compreende e não interpreta aquilo que supostamente lê e escuta) com o idioma pátrio, resguardando-o e protegendo o legado de seus maiores expoentes, tenha o descaramento de violentar a própria língua portuguesa por meio de uma idiotice abjeta, coisa de imbecil, de gente obtusa e que tem titica de galinha na cabeça!!! Isso se tiver cabeça…

Ao que tudo indica, o Museu da Língua Portuguesa afastará ainda mais a língua de seu povo porque, muitíssimo em breve, não conseguirá mais promover diálogo entre um visitante e os nossos autores clássicos mais consagrados, e que já estão se revirando em seus túmulos diante de tamanha aberração de supostos “costumes”. Eles não utilizavam a “linguagem neutra”.

Não se trata de “adaptar-se a um novo tempo”. Trata-se de defecar sobre a memória de mulheres e de homens magníficos, e que dedicaram as suas vidas à exposição de ideias e de sentimentos por meio da comunicação, sobretudo a escrita. Tudo isso graças a uma estranha militância de apedeutas, desocupados, mentecaptos infames.

O Museu da Língua Portuguesa agora está aberto novamente ao público. Mas o público talvez esteja ainda mais opaco. E os seus gestores, muito mais opacos do que o próprio público. Ou talvez não mereçamos ter museus, já que os vilipendiamos tanto no que tange à forma quanto ao conteúdo. Brasileiros não visitam os muses. Brasileiros queimam os museus, até mesmo metaforicamente.

O que devo esperar de um Museu da Língua Portuguesa estuprador da própria Língua Portuguesa?
(em 01/2022)