Não quero, não posso, vou tentar... Rosangela Calza
Não quero, não posso, vou tentar
Tentar, invariavelmente tentar; esse é o caminho para dormir em paz com sua imaginação... e com seu coração.
Confesso que o ‘não quero’ sempre era minha primeira alternativa. Deixa pra lá... vivi até aqui sem isso, continuarei a viver sem isso forever...
Daí... a imaginação entrava em ação! Com aquele isso como tudo seria diferente! Com aquele isso eu seria mais feliz! Com aquele isso eu teria o que sempre quis!
...
Mas nuvens escuras vinham tudo nublar... me engolia a água do mar... me sufocava a falta de ar: eram muitos degraus pra subir, muitas pedras pra empurrar, era muito suor pra suar...
Não, não posso isso tudo enfrentar só pra esse isso alcançar!
...
Ah! Mas... e se eu tentar!?
Posso me machucar? Posso em mil pedaços me quebrar? Posso me sufocar?
Posso me curar? Posso os mil pedacinhos de volta no lugar colocar e colar? Posso ganhar? Posso lucrar? Posso melhor ficar?
...
E eu tentava... invariavelmente eu tentava!
Eu sempre o que queria alcançava?
Não, claro que não... mas eu dormia em paz com minha imaginação... e com meu coração.
Sem essa de dar um nó cego na preguiça e no medo de braços cruzados, my dear.
Nem sempre alcançamos o que queremos; o que não
tira o sabor inigualável do fruto chamado tentativa.