PASSADO Volto ao passado e fico a... Nivaldo Vanderlei Balla
PASSADO
Volto ao passado e fico a pensar
Oh minha mãe, peço para me perdoar
Tenho certeza que a mim vai desculpar
Das travessuras no mangueirão e também no pomar.
Das correrias em volta da casa sem parar
Nos galhos das árvores a balançar
Nos córregos com pedras a represar
Para nos fins de tarde ir me banhar.
De usar meias para bolas fabricar
Dar sumiço no martelo para ironizar
A banha para as rodas de madeira engraxar
Às vezes chegava sorridente para te enganar.
Das folias na hora de almoçar
Voltar tarde das brincadeiras para o corpo lavar
A tarefa da escola fazia sem analisar
Tudo rápido para logo ir deitar.
Confesso que muito eu devo por não me comportar
Não me arrependo, pois aprendi a valorizar
Ao meu pai e a rainha do lar
Hoje sou realizado pois de tudo consigo relembrar.