Oh poeta De palavras doces De alegres... Lúcia Cruz
Oh poeta
De palavras doces
De alegres fantasias
E gestos precoses
Tivessem os Deuses te enviado
Numa outra altura
Não destilava eu certamente
Agora esta amargura
Oh poeta dos olhos brilhantes
Olhos que falam
Olhos gritantes
Quisera eu perder-me neles um dia
E desde então,
Existo nesta agonia
De não saber existir
Oh poeta, doce poeta
Que em mim vês a salvação
Não vês que minha alma doente
Em busca de absolvição
Renegará mil vezes o prazer
Pois na esperança
De merecer um dia mais conhecer
Este é meu fado
Meu jeito triste de ser...