Diferença Entre Medo e Temor A... Marcelo Rissma
Diferença Entre Medo e Temor
A bíblia e os dicionários consideram medo e temor como sinônimos; mas dependendo do contexto da passagem, o medo e o temor são absolutamente diferentes.
Dois textos são interessantes, quando Paulo diz aos filipenses que eles deveriam desenvolver a sua salvação com temor e tremor; mas João insiste que no amor não há medo, que, na verdade, o perfeito amor lança fora o medo, e que este produz tormento. De um lado, o cristão é exortado a ter temor; de outro, é alertado contra o medo. No grego, na maioria das passagens, palavra “phobos” é mais usada, tanto para medo como para temor, mas há também as palavras “eulábeia”, “thaumázo”, “trómos”, que dependendo do contexto, possuem sentidos distintos.
Mesmo sendo salvos de nossos pecados, e em espanto pela grandiosidade da misericórdia de Deus para conosco, certa medida de medo permanece em nossos corações, quando somos confrontados com a santidade de Deus, sentiram certo terror (Isaías 6).
Então aprendemos que?
- Medo, significa: “pânico”, “susto”, “temor”; já temor, significa: “respeito”, “reverencia”, “adoração”;
- O temor de Deus se aprende (Sl 33. 12); já o medo, não tem necessidade de ser aprendido, pois a natureza se encarrega de infundi-lo em nós.
- O temor é um elemento de fé, nasce da consciência de quem é Deus e das manifestações que Ele faz, gerando em nós admiração, respeito, finitude, maravilha e perplexidade. Um exemplo bíblico, foi quando Jesus realizou o milagre do paralítico que se levantou, gerando assombro e glorificação daqueles que presenciaram o fato (Lucas 5.24- 26);
- O medo nos faz fugir e nos esconder das responsabilidades e de Deus, pois, foi essa a reação do homem após o pecado (Gn 3.8-10). Já o temor nos faz nos aproximar de Deus, pois o salmista nos fala: “a intimidade do Senhor é para os que o temem”. (Sl. 25.14);
- O temor se estabelece pelo amor, o medo pelo poder.
Jesus revelou Deus como um Pai Amoroso, como o Abba que nos convida a entrar em comunhão com Ele, e não um Deus desejoso de castigar a todos (João 3.16; Rm 5.8; 1º João 4.10).
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.