PINGOS DE SANGUE Às vezes me deixo... Cleude Guedes
PINGOS DE SANGUE
Às vezes me deixo magoar
Por pessoas insignificantes
Pessoas que juram amor
De maneira apedrejante
As perguntas sobre meu avesso
Parecem óbvias aos meus olhos
E não conheço uma resposta
Que satisfaça meus anseios
Mas sou poeta, sou poeta!
Posso me transformar no que quiser
Por ser poeta sou profundo
Sou pobre, sou rico, sou imundo
Mutações são necessárias
Quando há insignificâncias
Que perturbam a mente
Talvez o que me incomoda
Esteja na importância dada aos fatos
E há uma força incrível
Que me mantém de cabeça erguida
Mesmo pingando sangue.